Não quero me apegar em miudezas, mas às vezes acontece.
Sei que não é a hora. Agora é olhar para a frente e enxergar o passado como de fato ele é:
as tais águas passadas que não movem moinhos.
É preciso continuar e respirar fundo muitas vezes.
Não pensar no que poderia ter sido,
porque “o que poderia ter sido” nunca seria.
O que existe é o agora e ele me basta, por mais que às vezes eu me debata,
me contorça e tente fugir (oi, você por aqui? Alguém chama o padre Damien?).
Sorte a minha que no meio disso tudo eu tenho mais do que um ombro.
Tenho carinho, abraços, amor e compreensão. Tenho alguém que consegue ser tolerante,
“não com os que erram pouco, mas com os que erram muito e irremediavelmente”.
E o que menos quero é perder esse companheirismo.
Não apenas por ser acolhedor, mas por partir de alguém que quanto mais conheço, mais admiro.
Se a vida me trouxe até aqui deve haver algum propósito.
Mesmo não sendo destino ou algum plano divino.
Com certeza, há uma razão de ser.
Também não vou pensar que a culpa é única e exclusivamente minha.
Não é. Eu sei que não é, qualquer um com um pouco de empatia sabe disso.
Mas agora é por minha conta e risco.
Há bagunça no meu quarto (que ainda não sinto como meu)
e de vez em quando há bagunça no meu coração.
Essa minha mente sempre me pregando peças,
querendo me jogar no chão. But, I say no, no, no!
Vou seguindo assim, aprendendo a respirar e respeitar. Guardando as lágrimas para uns poucos momentos. Acreditando que vai dar certo e que nada vai se perder pelo caminho.
Juliana Dacoregio
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