"Atrasada Meu aniversário é semana que vem e ainda nem decidi quantos anos eu vou fazer." KKKKKKK
Colcha de Retalhos
"O desejo me acompanhou até em casa.
Muito, muito mais forte
que minha nobreza em ter dito não. Você é tão errado e cheio de estragos.
E me peguei olhando pra tudo isso
e amando tanto, tanto, tanto.
Como se nada mais no mundo
fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito
porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento.
O resto nem sei como existe
porque não vemos ou explicamos Minha maior tristeza
é que este novo amor vem com algum velho amor tão longo, que se acomodou,
que nem sabe se realmente ainda existe. E eu sofro porque com pouco tempo
não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim,
não vou dar tempo de ser muito para esse amor,
porque o estrago disso tudo virá antes. E quanto mais e maiores motivos para não sentir,
que ele e a vida me dão... adivinhem?
Sim, o amor cresce.
Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme.
Ainda assim, forte e em crescimento Mas enfim,
existem coisas que somente o coração é capaz de explicar e as vezes não adianta só virar a página,
muitas vezes precisamos rasgá-la! Eu descobri
que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade,
eu descobri que ser inteira não me dá medo
porque ser inteira já é ser muito corajosa... Aprenderei a amar menos, o que será uma pena,
e aprenderei a ser mais cínica com a vida,
o que também será uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida poderá ser fatal. É triste saber que falta alguma coisa
e saber que não dá pra comprar,
substituir, esquecer, implorar.
Mas amor, você sabe,
amor não se pede. Seja eu e
por favor veja o que dá pra fazer com isso.
Porque eu simplesmente não sei."
Tati Bernardi
MULHERES CARAS!*
Cara é a mulher que
quando a vida lhe deu um limão fez logo a limonada.
Uma jarra enorme, gelada e adoçada.
Barata é a que ficou azeda.
Barata é a que ficou azeda.
Cara é a mulher que diante dos sonhos desfeitos,
reorganizou-os como pode, juntou caquinhos no chão,
catou migalhas, mas se refez.
Mulher barata é a que manteve sonhos extintos,
Mulher barata é a que manteve sonhos extintos,
virou o pesadelo dos que a cercam e nunca acordou.
Cara é a mulher que descobriu seu corpo,
Cara é a mulher que descobriu seu corpo,
apaixonou-se pelos seus defeitos
e aprendeu a exibir-se com a maestria
de quem é segura de seu poder.
Barata é aquela que nem sabe como é,
Barata é aquela que nem sabe como é,
não ousou se conhecer
e vive tentando se esconder ou
mostrar o que não é...
Mulher cara tem brilho nos olhos.
Barata só tem rugas.
Cara é a mulher que saiu a luta,
Mulher cara tem brilho nos olhos.
Barata só tem rugas.
Cara é a mulher que saiu a luta,
foi ao fundo do poço e…voltou!
Barata é quem vive nas bordas,
Barata é quem vive nas bordas,
dependurada, sem coragem de se soltar.
Cara é a mulher que muda de casa,
Cara é a mulher que muda de casa,
de cidade, de país, de marido, de namorado,
de emprego quantas vezes for preciso
mas se mantém fiel aos seus princípios.
Barata até muda, mas só a casca.
Barata até muda, mas só a casca.
Por dentro mantém as paredes rachadas,
o relacionamento falido,
o fracassado passado.
Cara é a mulher que tem assunto:
Cara é a mulher que tem assunto:
Fala de política, moda, cozinha e amor com a mesma desenvoltura.
Barata só fala dos outros,
Barata só fala dos outros,
porque de si mesma nada tem de interessante para contar.
A mulher cara ri a toa,
A mulher cara ri a toa,
é feliz com o que tem,
e de tão bem humorada ri até de si mesma.
A mulher barata é carrancuda.
A mulher barata é carrancuda.
Reflete por fora o que realmente é por dentro,
não sorri…finge.
*Mulher cara tem amigos.
*Mulher cara tem amigos.
Muitos. Verdadeiros e pela vida inteira.
Amigos que a admiram e defendem até debaixo d’água.
A barata tem conhecidos.
A barata tem conhecidos.
Gente que foge como o diabo da cruz
mas que quando não tem jeito…a aturam.
A cara é desprendida e solta.
A barata é pegajosa.
A cara é leve e livre.
A barata é pesada e presa.
Mulher cara tem preço sim e sabe disso.
A cara é desprendida e solta.
A barata é pegajosa.
A cara é leve e livre.
A barata é pesada e presa.
Mulher cara tem preço sim e sabe disso.
É rara no mercado.
Mulher barata tem aos montes.
Mulher barata tem aos montes.
Pilhas, lotes, containers lotados!
Porque …ahh essas ninguém quer!”
Astrid Sekkel
http://www.maiorestilo.com.br/
Cuidados...
"A vida requer cuidados.
Os amores também.
Flores e espinhos são belezas que se dão juntas.
Não queira uma só, elas não sabem viver sozinhas...
Quem quiser levar a rosa para sua vida,
terá de saber que com elas vão inúmeros espinhos.
Não se preocupe a beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos..."
P. Fábio de Melo
Amo-te
Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde.
Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho:
eu amo-te desta maneira
porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta,
onde não existe eu ou tu,
tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão,
tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.
Pablo Neruda,
Pablo Neruda,
in "Cem Sonetos de Amor"
Liberdade
Nos meus cadernos de estudante
Na escrivaninha e nas árvores
Na areia nevada
Escrevo o teu nome
Nas páginas lidas
Em todas as páginas brancas
Pedra sangue papel ou cinza
Escrevo o teu nome
Nas imagens douradas
Nas armas dos guerreiros
Na coroa dos reis
Escrevo o teu nome
Na selva e no deserto
Nos ninhos entre as giestas
No eco da minha infância
Escrevo o teu nome
Na espuma das nuvens
E nos suores da borrasca
Na chuva densa e insípida
Escrevo o teu nome
Nas formas cintilantes
Nas cores dos sinos
Na verdade física
Escrevo o teu nome
Nos caminhos conscientes
Nas estradas estendidas
Nas praças que trasbordam
Escrevo o teu nome
Na lâmpada que se acende
E naquela que se apaga
Nas minhas razões reunidas
Escrevo o teu nome
No fruto cortado em dois
Do espelho e do meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo o teu nome
No meu cão glutão e terno
De orelhas levantadas
Na sua pata desastrada
Escrevo o teu nome
Em toda carne acordada
Na testa dos meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo o teu nome
Na janela de surpresas
E nos lábios comoventes
Mais longe que o silêncio
Escrevo o teu nome
Nos refúgios destruídos
Nos meus faróis extintos
Nos muros do meu tédio
Escrevo o teu nome
Na vacuidade sem desejo
Na desnuda solidão
Nas escadas da morte
Escrevo o teu nome
E pelo poder duma palavra
Recomeço a minha vida
Nasci para te conhecer
Para te nomear.
Paul Éluard
Na escrivaninha e nas árvores
Na areia nevada
Escrevo o teu nome
Nas páginas lidas
Em todas as páginas brancas
Pedra sangue papel ou cinza
Escrevo o teu nome
Nas imagens douradas
Nas armas dos guerreiros
Na coroa dos reis
Escrevo o teu nome
Na selva e no deserto
Nos ninhos entre as giestas
No eco da minha infância
Escrevo o teu nome
Na espuma das nuvens
E nos suores da borrasca
Na chuva densa e insípida
Escrevo o teu nome
Nas formas cintilantes
Nas cores dos sinos
Na verdade física
Escrevo o teu nome
Nos caminhos conscientes
Nas estradas estendidas
Nas praças que trasbordam
Escrevo o teu nome
Na lâmpada que se acende
E naquela que se apaga
Nas minhas razões reunidas
Escrevo o teu nome
No fruto cortado em dois
Do espelho e do meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo o teu nome
No meu cão glutão e terno
De orelhas levantadas
Na sua pata desastrada
Escrevo o teu nome
Em toda carne acordada
Na testa dos meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo o teu nome
Na janela de surpresas
E nos lábios comoventes
Mais longe que o silêncio
Escrevo o teu nome
Nos refúgios destruídos
Nos meus faróis extintos
Nos muros do meu tédio
Escrevo o teu nome
Na vacuidade sem desejo
Na desnuda solidão
Nas escadas da morte
Escrevo o teu nome
E pelo poder duma palavra
Recomeço a minha vida
Nasci para te conhecer
Para te nomear.
Paul Éluard
Cartas brancas
Tenho vários nomes.
Vários destinos.
Talvez nenhuma utilizade.
Tenho muitas cicatrizes, também...
Não sou a escolhida,
acho que nunca vou salvar o mundo
nem ter a chance de destruí-lo,
então não devo ser muito importante.
Já fui traída uma porção de vezes.
Muitas dessas vezes,
por que eu nem cogitava a possibilidade de ser traída.
Talvez eu esqueça que as pessoas que eu gosto
também são humanas
e, se precisarem, ou ao menos se quiserem,
vão acabar comigo sem nem perceber.
Gosto de sentir frio
e da esperança de ser acalentada que ele trás.
É normal que nada disso faça sentido pra você;
Pois nem pra mim faz.
Mas sabe como são essas coisas…
essas coisas de não ter chão.
De ter mil demônios e nada temer em vida,
de querer sentir que alguma coisa faz sentido.
De não gostar das coisas que não consigo explicar porquê não sinto.
Eu deveria dar o troco no mundo, eu sei, pois ele me falhou
– quem sabe um dia eu não o faça;
quem sabe esse não seja meu jeito de o fazer.
Mas todo mundo só quer saber de poesia em pílula,
de mensagens rápidas, de menos de um minuto,
e dessas coisas imbecis que pouco nos adicionam…
não querem cura nem alimento pr’alma:
E pra essas pessoas
- seres humanos - como eu
não importam
nem são coisas que valham a pena,
porque afinal, como é que hão de entender-me?
Parto, agora.
Não deve ser coisa boa que me faz dizer assim o que penso
tão espontaneamente.
Calos da alma.
Desejos
DESEJOS
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade
Adormecer
Vai vida na madrugada fria.
tua amante fica,
na posse deste momento que foi tua,
amorfa e sem limites como um anjo;
a cabeça cheia de estrelas...
Fica abraçada a esta poeira que teu pé levantou.
Fica inútil e hirto como uma deusa,
desfalecendo na raiva de não poder seguir-te!
Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"
tua amante fica,
na posse deste momento que foi tua,
amorfa e sem limites como um anjo;
a cabeça cheia de estrelas...
Fica abraçada a esta poeira que teu pé levantou.
Fica inútil e hirto como uma deusa,
desfalecendo na raiva de não poder seguir-te!
Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"
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