-Vortô pra ficá né?
-Não, acho que minha sina é sempre caminhá.
- Tu carece é di criar raíz, minina.
-Num fala assim, Zé, eu sinto qui andei, andei e num cheguei a lurgá nenhum,
- Tu carece é di criar raíz, minina.
-Num fala assim, Zé, eu sinto qui andei, andei e num cheguei a lurgá nenhum,
sinto que um tanto de coisa eu perdi e um tanto di coisa eu num consegui achá...
Vivê é assim mermo Zé? Andança sem pará Zé? Parece tudo sonho.
Vivê é isso, Zé? E o amô Zé, quando é di verdade?
E filicidade, Zé, quando é de verdade?
-Ói, a filicidade é o contrai do amô né? A filicidade...
-E na vida, Zé, o que vem depois da morte?
-Num sei. A gente só sabi perguntá, num sabe responder não.
-Acho que meu distino é sempre fazer o caminho di vorta. Adeus Zé!
-Mas será pussivi minina que nossa sina seja sempre si dispidi.
-É não Zé! Nossa sina é sempre si incontrá.
-Ói, a filicidade é o contrai do amô né? A filicidade...
-E na vida, Zé, o que vem depois da morte?
-Num sei. A gente só sabi perguntá, num sabe responder não.
-Acho que meu distino é sempre fazer o caminho di vorta. Adeus Zé!
-Mas será pussivi minina que nossa sina seja sempre si dispidi.
-É não Zé! Nossa sina é sempre si incontrá.
Hoje é dia de Maria
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